quinta-feira, 3 de novembro de 2011

É tanta testosterona que chega a sair pelas orelhas.

         Decidi fazer este texto após uma conversa com um colega da academia. Tratávamos do assunto de quando éramos mais novos e nossos hormônios explodiam de dentro para fora. Pensava que apenas eu era assim explosivo nessa fase – embora eu ainda seja por uma genética forte que carrego comigo. Bem como eu e o meu colega, boa parte dos garotos entre 13 a 17 anos de idade devem passar por esse período complicado, onde cai bem aquele ditado – os nervos estão à flor da pele.
         
         Lembro de quando era mais novo, tinha dias que era insuportável, qualquer olhada eu já partia pra agressão, tanto física quanto verbal. E nem ao menos sabia o porque, muitas vezes me questionava o motivo de agir daquela maneira, isso era tanto em casa como na rua, colégio ou qualquer outro lugar. Muitas vezes era como uma mudança bipolar, que me alterava facilmente em frações de minutos. Com o passar do tempo, vejo que foi uma fase conturbada da minha adolescência. Hoje dou risada de velhas histórias que me atribuem a memória, rio até mesmo quando vejo alguns moleques com as mesmas atitudes e, inocentemente eles também não sabem o que acontece, não percebem que estão passando por uma mudança.




E aí, perdeu alguma coisa cuzão? Não? Então passa reto.


                   Não é algo que pretendemos, porém vem de uma forma tão inofensiva que quando menos se espera simplesmente explode. Lembro de uma situação que aconteceu com um antigo amigo: andávamos tranquilamente em uma feira de ciências de um colégio quando de repente, um cara esbarrou nele, sem ver quem era, ou como aconteceu, ele esticou o braço e deu soco na nuca do maluco. Foi algo tão espontâneo que nem ele soube explicar o porquê de ter feito aquilo naquele instante. Porventura ele não teve um bom começo de dia, ou quem sabe, discutiu com seus pais, brigou com a namorada. Claro que nada disso justifica o fato, mas foi uma forma que seu subconsciente encontrou de liberar toda a pressão de dentro da sua cabeça. 


Se eu fosse você não cruzaria mais o meu caminho.


         Movidos por esses sentimentos que não sabemos como controlar, fazemos coisas das quais podemos nos arrepender em um futuro não muito distante – particularmente me arrependo das coisas impulsivas que fiz no passado. É, como eu disse, acontece do nada, é um surto. Possivelmente a ciência explique. O corpo humano é muito complexo, além de hormônios, temos algumas substâncias que são liberadas e contribuem para as transformações de temperamento. São os neurotransmissores – que são substâncias cuja função é transmitir os impulsos nervosos de um hormônio para outro. Mudanças como essas são naturais acontecer, faz parte do ciclo de vida. 


Hormônios. Porque somos movidos por eles.



         Um meio de aliviar toda esta tensão que é criada pela fase “pré-adolescente” ou jovem, diga-se de passagem, pode ser trata de uma forma bem básica. Tire um tempo só pra ti, descarregue todas suas energias. Faça corridas, jogue uma pelada no meio da semana com os amigos, pratique algum estilo de arte marcial. Outro meio eficaz é pegar uma madeira e enquanto estiver com raiva pregar pregos nela – lembro que palestrantes quando iam à escola sempre falavam para fazer isso em momentos de raiva – depois de pregados retirar os pregos para ver os danos causados na madeira. Achava isso uma tremenda idiotice, mas talvez ajude aliviar toda a raiva acumulada. Guardar ódio para si só trará problemas, não é bom conte-los. Expresse da melhor forma que achar, apenas foi citado algumas sugestões. 


Desconte sua raiva no momento certo e no lugar certo.


         Passar por essa fase rebelde todos passam e, é inevitável, entretanto, aprender com seus erros se torna uma grande vitória, faz com que se torne uma pessoa melhor. 

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